segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Autismo



O que é?
É uma alteração cerebral que afeta a capacidade da pessoa se comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente. Algumas crianças apesar de autistas apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento.
Características comuns
  • Não estabelece contado com os olhos
  • Parece surdo
  • Pode começar a desenvolver a linguagem mas repentinamente isso é completamente interrompido sem retorno.
  • Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros
  • Ataca e fere outras pessoas mesmo que não exista motivos para isso
  • É inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas.
  • Ao invés de explorar o ambiente e as novidades restringe-se e fixa-se em poucas coisas.
  • Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou balançar-se
  • Cheira ou lambe os brinquedos
  • Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente
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Manifestações sociais
Muitas vezes o início é normal, quando bebê estabelece contato visual, agarra um dedo, olha na direção de onde vem uma voz e até sorri. Contudo, outras crianças apresentam desde o início as manifestações do autismo. A mais simples troca de afeto é muito difícil, como, por exemplo, o próprio olhar nos olhos que é uma das primeiras formas de estabelecimento de contato afetivo. Toda manifestação de afeto é ignorada, os abraços são simplesmente permitidos mas não correspondidos. Não há manifestações de desagrado quando os pais saem ou alegria quando volta para casa.
As crianças com autismo levam mais tempo para aprenderem o que os outros sentem ou pensam, como, por exemplo, saber que a outra pessoa está satisfeita porque deu um sorriso ou pela sua expressão ou gesticulação.
Além da dificuldade de interação social, comportamentos agressivos são comuns especialmente quando estão em ambientes estranhos ou quando se sentem frustradas.
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Diagnósticos 
Os sistemas diagnósticos (DSM-IV e CID-10) têm baseado seus critérios em problemas apresentados em três áreas, com início antes dos três anos de idade, que são:

a) comprometimento na interação social,

b) comprometimento na comunicação verbal e não-verbal, e no brinquedo imaginativo,

c) comportamento e interesses restritos e repetitivos.


É relevante salientar que essas informações devem ser utilizadas apenas como referência.

Recomenda-se caracterizar a queixa da família: sinais, sintomas, comportamento, nível de desenvolvimento cognitivo e escolar do indivíduo - quando for o caso, relacionamento inter-pessoal, investigar os antecedentes gineco-obstétricos, história médica pregressa, história familiar de doenças neurológicas, psiquiátricas ou genéticas, analisar os critérios do DSM-IV-TR ou da CID-10, realizar avaliações complementares (investigações bioquímicas, genéticas, neurológicas, psicológicas, pedagógicas, fonoaudiológicas, fisioterápicas), pensar a respeito do diagnóstico diferencial, investigar a presença de co-morbidades, classificar o transtorno, planejar e efetivar o tratamento.
Muitas vezes, o autismo é confundido com outras síndromes ou com outros transtornos globais do desenvolvimento, pelo fato de não ser diagnosticado através de exames laboratoriais ou de imagem, por não haver marcador biológico que o caracterize, nem necessariamente aspectos sindrômicos morfológicos específicos; seu processo de reconhecimento é dificultado, o que posterga a sua identificação.
Um diagnóstico preciso deve ser realizado, por um profissional qualificado, baseado no comportamento, anamnese e observação clínica do indivíduo.
O autismo pode ocorrer isoladamente, ser secundário ou apresentar condições associadas, razão pela qual é extremamente importante a identificação de co-morbidades bioquímicas, genéticas, neurológicas, psiquiátricas, entre outras.




Letícia D Rodrigues 

2 comentários:

  1. Essa doença é complicada pois é difícil para a pessoa e para seus familiares.O tratamento é para toda a vida pois a pessoa com autismo passa por vários tratamentos psiquiátricos entre outros que não podem levar a cura mais a uma melhora.

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  2. Nossa fiquei impressionada com essa doença,ela é realmente muito séria e de difícil tratamento sem contar que não tm uma cura definitiva.

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